Castração é um ato de amor e responsabilidade

Animais do abrigo Patas solidárias

Esse é muito mais um relato pessoal que um post. Tenho dois cães adotados. Um deles morava na rua. Veio da região serrana do Rio de Janeiro. Chegou em casa com anemia, desnutrido e com doença do carrapato. Foi tratado e ficou bom.

Mas em 2019, as coisas mudaram do dia para a noite, ele começou a fazer xixi com sangue ou  a querer fazer xixi e a  não sair nada. A barriga dele fazia barulho de cano velho. Levamos ao veterinário, fizemos  os exames e soubemos que ele tinha nódulo em um dos testículos e cisto na próstata. Saímos do consultório com o indicativo de biópsia do tumor e de castração.

Castração era algo que eu nem queria ouvir falar. Achava que era uma mutilação e que iria acabar com o meu cachorro. Conversamos muito em casa. Os remédios receitados estavam fazendo efeito e até pensei em esquecer o assunto, quando o sangue e a dor voltaram.

Entre ter um cachorro castrado e um doente ou morto, preferi a primeira opção. Fui estudar sobre a castração e percebi que ela também é um ato de amor e de responsabilidade. Ato de amor pelo próprio animal, porque às vezes somos egoístas. Eu percebi isso. Aqui em casa, queríamos que ele tivesse filhotes e até pensamos em empurrar a operação mais para frente para ele cruzar com uma cadela que era a paquera dele. Mas quando nos lembramos que éramos responsáveis por ele, optamos pela castração.

Além de evitar que ninhadas indesejadas acabem nas ruas e que sejam vítimas de maus tratos, a castração evita tipos de câncer, problemas renais e no caso das fêmeas, também acaba com o risco do temível câncer de mama. 

Meu cachorro castrou de manhã e à tarde veio para casa. Ele tem 7 anos,  porte médio para grande. Nunca foi agressivo e no pós castração, ficou ainda mais doce. A veterinária não fez a extração total, tirou apenas as bolinhas e isso foi ótimo porque  assim que pôde, ele foi conferir o resultado da operação. É claro que ele sentiu a castração, mas algo no interior dele, deve tê-lo feito entender que foi para o bem dele.

Os primeiros dias foram de macacão e de curativos. Tudo fácil de fazer e sem dor alguma.  Meu doguito ficou meio “jururu”, ficava sentado olhando para a parede, mas logo isso passou.

Ele voltou a ser o mesmo cachorro alegre e brincalhão. A diferença é que passou a agir como criança e a fazer charminho mordendo os lençóis e colchas com os dentinhos da frente. Ele está bem e nunca mais teve problema algum. É completamente saudável.

Como todo animal castrado, o metabolismo dele ficou mais lento e ele deu uma leve engordada. Por isso, caminha 2 quilômetros – 3 vezes por semana – para tentar queimar as calorias e come ração especial.

A aversão a castração não existe mais. Mudamos o nosso conceito sobre a cirurgia e ficamos felizes que ele tenha tido essa oportunidade na  vida.

Não tenha medo de castrar o seu animal. Essa cirurgia evita sérios problemas de saúde e de uma certa forma, prolonga a vida do seu amigão.

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Daniela Rodrigues

Jornalista carioca e adotante pet

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